domingo, 31 de julho de 2011

Cosern corta luz de prédios públicos municipais de Antonio Martins

Mirante e Santuário São José ficaram às escuras por 48 horas


No começo da semana, os prédios públicos mantidos pela Prefeitura de Antonio Martins passaram mais de 48 horas às escuras. Conseqüência da falta de pagamento da energia elétrica consumida pelo município.
Por conta disso, a Cosern decidiu suspender temporariamente o fornecimento de luz, até que o prefeito Edmilson Fernandes (atualmente sem partido) fosse negociar o débito pendente.
O fato inédito foi registrado na segunda e terça-feira, dias 25 e 26 de julho, respectivamente, ocasião em que alguns dos principais pontos turísticos e de recreação de Antonio Martins tiveram suas luzes apagadas.
O corte de energia atingiu o ginásio de esporte “Francisco Pedro Neto”, no bairro Alto da Ema, e “O Gregorão”, no Sítio Muquem. Os atletas chegavam à quadra à noite e encontravam tudo às escuras.
O mesmo aconteceu com as Praças, o Palco de Eventos e o Mirante e Santuário São José, que eram mantidos iluminados pelos funcionários mesmo quando não estavam em funcionamento.
A população foi prejudicada diretamente com a suspensão no fornecimento de eletricidade que atingiu os prédios públicos de Antonio Martins. O problema também foi sentido pelos funcionários das repartições públicas, que paralisaram suas atividades.
Durante os dois dias que passaram sem luz, os alunos do Colégio Municipal Joaquim Inácio foram obrigados a permanecerem em suas casas, uma vez que não havia iluminação suficiente nas salas de aulas.
Com o corte, a bomba do poço da família Galdino foi desligada. O reservatório é o principal fornecedor de água para as praças, o mirante e o presépio, dentre outros pontos turísticos.
O poço é responsável pelo abastecimento do Hospital Municipal Justino Ferreira. A suspensão da energia causou sérios problemas para quem precisou de atendimento médico.
Quem precisou se submeter a exames era orientado pelos funcionários a voltar em outro dia, por que, segundo eles, o hospital estava sem médicos no momento, quando na verdade não havia água sequer para os procedimentos corriqueiros na principal unidade de saúde de Antonio Martins.
Há duas semanas, a Cosern já havia desligado a energia de todos os prédios particulares locados a prefeitura de Antonio Martins, como a Casa da Família, a Secretaria Municipal de Educação, o Peti, a Secretaria Municipal de Ação Social e o prédio do laboratório de inclusão digital.
Como se fosse pouco, a cidade quase toda tem encontrado-se no escuro por falta de manutenção dos postes, pois as lâmpadas estão apagadas, precisando serem trocadas.
Na última terça-feira, 26 de julho, da caixa d’água até a saída do pórtico para Frutuoso Gomes, todas as ruas encontravam-se na mais completa escuridão. A falta de iluminação traz insegurança à população e aumenta os riscos de roubos, assaltos e outros crimes.

Deu na GAZETA DO OESTE (clique na imagem para ver texto ampliado):


 
Matéria publicada na GAZETA DO OESTE, edição da última quinta-feira (28 de julho), denunciando a falta de compromisso do prefeito Edmilson Fernandes com os professores municipais e à população em geral de Antonio Martins. (clique na imagem para ampliar)


Leia matéria na íntegra e veja cópias dos cheques "borrachudos" devolvidos




Educação
Prefeitura de Antonio Martins paga salários com atraso
Professores municipais foram os principais atingidos pela onda de “borrachudos”


 
ANTONIO MARTINS – Professores municipais denunciam que vêm recebendo seus salários com atrasos e ultimamente se surpreenderam com a falta de cobertura dos cheques referentes ao pagamento. A constatação vem se agravando nos últimos meses.
Funcionária do município, a professora Ana Lúcia de Mesquita passou pelo constrangimento de ver o cheque referente ao pagamento salarial do último mês de maio ser devolvido duas vezes por insuficiência de fundos, na 1ª e na 2ª apresentação, sendo esta última no dia 16 de junho. “Me faltou chão na hora”, disse ela, numa referência a situação vergonhosa a qual foi submetida diante do caixa da instituição bancária.

Fac-símile do cheque sem fundos no valor de R$ 1.477,72 recebido pela professora Ana Lúcia Mesquita, com o carimbo de devolução do banco no verso. (CLIQUE PARA AMPLIAR)

Em junho último, os professores receberam os cheques sem fundos por volta do dia 6 de julho, com recomendação de só começarem a descontar dois dias depois, sendo que o vencimento deles era para o dia 30 do mês passado.
O salário dos professores é assegurado pelo Governo Federal, através do Fundeb, o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica, que destina 60% dos recursos para o pagamento dos educadores. Os 40% restante são reservados ao pagamento de outros funcionários da Educação, como ASGs, o custeio de material interno escolar e o transporte dos alunos. Mas não é isso o que vem ocorrendo, conforme os inúmeros relatos. Quem trabalha como professor em Antonio Martins sabe das privações e dificuldades a que vem passando a cada final de mês.
Fornecedores - Segundo as informações, o problema com cheques sem fundos não atinge tão somente os educadores, conforme os relatos, mas os fornecedores, prestadores de serviços e todo o funcionalismo público municipal de Antonio Martins, inclusive aqueles que recebem os menores salários, como o auxiliar de serviços gerais José Acácio Barreto da Silva, que em 5 de julho recebeu R$ 501,40 da Prefeitura e, oito dias depois, o “borrachudo” foi devolvido por falta de dinheiro na conta.


Cópia do cheque de R$ 501,40, dado ao ASG José Acácio Barreto da Silva... (CLIQUE PARA AMPLIAR)

 
Devolvido cinco dias depois, com o carimbo do Banco do Brasil no verso, após duas apresentações. (CLIQUE PARA AMPLIAR)

Caso também do secretário Municipal de Turismo, Francisco das Chagas Reinaldo, Chagas Cristovão, que recebeu um cheque da Prefeitura no dia 31 de maio e dezesseis dias depois, o documento voltou pelo mesmo motivo: não havia crédito suficiente para cobri-lo.

Aliado do prefeito Edmilson Fernandes, nem mesmo o secretário Municipal de Turismo, Chagas Cristovão, escapou de receber um “borrachudo”. (CLIQUE PARA AMPLIAR)


O comércio local também foi vítima dos “borrachudos” espalhados pela cidade. Há relatos de comerciantes de posse mais de R$ 40.000,00 em cheques sem fundos de funcionários do município. Com receios de serem prejudicados, eles preferem não tecer comentários, embora toda revolta.
A GAZETA DO OESTE procurou entrar em contato com o prefeito Edmilson Fernandes do Amorim, mas não obteve êxito. Hoje ele deverá se pronunciar sobre o assunto.