terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Prefeito eleito de Antonio Martins herdará de antecessor frota de veículos sucateada

                                                                                                                                                  Fotos: Reprodução
Camionete e trator azul encostados na oficina de Zé de Seu Né

Com menos de um mês para tomar posse, o futuro Prefeito de Antonio Martins, Médico Zé Júlio (PSD), se deparará com uma infraestrutura de transporte público praticamente sucateada.

A frota de veículos que herdará do atual Prefeito, Edmilson Fernandes de Amorim (PMDB), derrotado nas urnas em 7 de Outubro, quando tentava a reeleição, se encontra completamente destruída e sem condições para rodar.

Sem manutenção, quase todos os carros pertencentes ao município estão parados. Em oficinas ou por que faltam peças, removidas de forma indiscriminada.

Uma das Ambulâncias foi deixada há mais de um ano em uma oficina mecânica em Caicó, na região do Seridó, e aguarda até hoje para ser retirada pela Prefeitura de Antonio Martins.

A Van Ducato, Fiat, da frota da Secretaria Municipal de Saúde, quebrou e desde então foi largada no local, sobrecarregando o transporte de pacientes, que já era precário.

Com toda a parte mecânica comprometida, a outra Ambulância do município, um Fiat Fiorino Furgão, passa a maior parte do tempo parada.

Uma segunda Van Ducato, usada para o deslocamento de passageiros do município também está abandonada numa oficina, em Pau dos Ferros, cerca de 80 km de Antonio Martins.

O Chevrolet Prisma, da Emater, doado pela Secretaria de Estado da Agricultura da Pecuária e da Pesca (SAPE), parou de rodar logo após o término da campanha eleitoral.

Como não recebe manutenção, o carro fica estacionado na vaga da garagem do Hospital Maternidade Justino Ferreira, que deveria ser ocupada exclusivamente pelas Ambulâncias.

DÉBITOS
Além disso, há suspeitas de que os carros da frota também estejam sendo usados como moeda para o pagamento de dívidas contraídas pelo Prefeito Edmilson Fernandes.

Depois de ter capotado, em junho deste ano, a única cabine dupla existente em toda frota do município acabou jogada em um pátio próximo ao Mirante e Santuário São José, no Bairro Alto da Ema. 

Camionete A20 capotou em junho e em seguida foi encostada na oficina de Zé de Seu Né
 
A camionete é uma Chevrolet A20, que também pertence a Secretaria Municipal de Saúde, tendo sido adquirida para servir ao Centro Clínico, mas nunca chegou a ser usada com essa finalidade.

Inicialmente o veículo transportava o lixo recolhido na cidade, sendo que posteriormente passou a levar os universitários que estudam no Núcleo Avançado da UERN, em Alexandria.

Em seguida, o Prefeito retirou o transporte dos alunos e o carro voltou às antigas funções, até ser enviado a oficina de Zé de Seu Né, onde foi parcialmente depenada.

Teria sido o próprio mecânico quem se encarregou de sair espalhando que a camionete teve algumas peças arrancadas por Antonio de Zé de Caboclo, proprietário de uma caçamba fretada à Prefeitura.

Conforme comentários, Antonio de Zé de Caboclo esteve no local e levou as peças do veículo em troca de uma dívida de transporte, que não havia sido paga pelo Prefeito Edmilson Fernandes.

Ainda segundo comentários atribuídos a Zé de Seu Né, o Prefeito teria tentado se desfazer do trator azul, pertencente ao município, em troca de uma dívida de aproximadamente R$ 70 mil, contraída junto ao tio Zezinho de Chatô.

O valor do débito seria correspondente à construção do Posto de Saúde da Vila Pintada, além de material de obra que havia sido fornecido a eleitores.

A transação somente não foi adiante por que, pela avaliação feita por Zé de Seu Né, o trator está em péssima condição de rodagem e não vale mais do que R$ 30 mil. Dessa forma, Zezinho de Chatô acabou desistindo do negócio. Esses são os comentários que circulam em Antonio Martins.

Diante de toda situação, provavelmente demorará alguns meses até que o futuro Prefeito, Zé Júlio, consiga recuperar toda a frota de veículos do município. O prejuízo financeiro aos cofres do município é incalculável.

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